A brisa
Esta imagem que fiz foi pensando em mim mesma, pois quando estou apreensiva era assim que gostaria de ficar, o vento batendo em meu rosto e não lembrar dos problemas. Passei mais de uma semama fazendo esta imagem. Confesso que apaguei-a varias vezes, mas quando a vi pronta era como se eu tivesse dado a luz a uma filha, afinal não sei desenhar, mas acredito que se me dedicasse nesta área poderia até fazer uma contribuição para o mundo das artes.
Ficar distante de todos não é a solução mais plausiva para alguém, mas as vezes em meus pensamentos eu viajo no tempo e no espaço e vôo para longe onde ninguém me encontre. Procuro sempre fantasiar as coisas, até porque viver neste mundo não é facil e com a correria do dia-a-dia nós não temos como resolver tudo. Tenho procurado me centralizar melhor neste mundo de atropelo, mas não tem sido fácil.
O desenho me faz bem e quem dera poder sempre estar sentada frente a uma mesa e muitos lápis para fazer desenhos. No dia que comecei a fazer o desenho da mulher acima como se fosse minha fotografia, passei vários dias só nas perdas dela e me lembrava de quando via livretos de desenhos animados que gostava muito de ler e coloquei as pernas dela bem compridas como se minhas passadas fossem se tornar mais longas. O vento batendo era meus pensamentos de estar na beira do mar, sonho da minha vida. Desejo ver o mar mais que tudo e só o tenho visto pela televisão. Assim imaginei sua brisa batendo em minha canga enrolada no corpo acima da cintura. Esses são desvaneios que me cercam e as vezes me ponho a sonhar acordada.
O que me levou a escolher esta imagem é porque ela é meu maior orgulho. Guardo esta imagem para sempre me lembrar que posso desenhar algo, que se me dedicar posso ir além das possibilidades. Amo esta imagem.
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